A integração da Inteligência Artificial (IA), especialmente ferramentas como o ChatGPT, no sistema de ensino tornou-se um tópico central de discussões e políticas públicas em São Paulo. A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem explorado o uso dessas tecnologias, gerando um amplo debate sobre o futuro da educação e, crucialmente, sobre o papel dos professores nesse novo cenário.
Em 2024, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) anunciou planos de utilizar o ChatGPT para auxiliar na elaboração de aulas digitais para a rede pública. A proposta inicial previa que a IA gerasse uma primeira versão do material didático, que seria posteriormente revisada e ajustada por professores curriculistas. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que a tecnologia seria um "facilitador" e que não substituiria o professor, cujo olhar e inteligência seriam imprescindíveis na validação do conteúdo.
A iniciativa de usar o ChatGPT na produção de material didático gerou reações diversas. Sindicatos e profissionais da educação manifestaram preocupação com uma possível desvalorização do trabalho docente e com a qualidade do ensino. A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) criticou a medida, argumentando que tecnologias devem ser ferramentas auxiliares, jamais substitutas do trabalho do professor. Houve também questionamentos sobre a eficácia da IA em produzir conteúdo preciso e pedagogicamente adequado, lembrando episódios anteriores de erros em materiais digitais fornecidos pela rede estadual.
O Ministério Público de São Paulo chegou a cobrar explicações do governo estadual sobre a implementação da IA na criação de conteúdo escolar, solicitando detalhes sobre as plataformas utilizadas e suas finalidades pedagógicas.
A gestão Tarcísio, por meio do secretário da Educação Renato Feder, enfatizou que o objetivo da IA é otimizar o tempo dos educadores e aprimorar os materiais, e não substituir os docentes. Segundo a Seduc-SP, os professores curriculistas continuariam sendo peças-chave no processo, responsáveis pela avaliação e adequação pedagógica do material gerado pela IA. A ideia é que, com a base inicial criada pela ferramenta, os professores pudessem focar em refinar e personalizar as aulas.
Posteriormente, em maio de 2025, a Seduc-SP anunciou um projeto piloto para utilizar a inteligência artificial também na correção de lições de casa dissertativas, através da plataforma TarefaSP. A medida, inicialmente aplicada a alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio, visa ampliar o número de questões dissertativas e apoiar os professores na correção, sem que a IA atribua notas inicialmente.
A implementação do ChatGPT e de outras ferramentas de IA no sistema de ensino paulista apresenta tanto desafios quanto oportunidades:
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo tem reiterado que a IA é uma ferramenta de apoio. O secretário Renato Feder destacou que a tecnologia pode auxiliar na elaboração inicial de conteúdos e na correção de tarefas, mas que a validação final e a condução do processo pedagógico permanecem com os professores. A Seduc-SP também mencionou que, no caso da produção de aulas, a IA seria alimentada com materiais já existentes e de referência, e que o processo passaria por diversas etapas de validação.
Embora o foco inicial da discussão tenha sido a utilização da IA para produção e correção de materiais, a necessidade de capacitação docente é um ponto crucial que emerge do debate. Ainda não foram amplamente divulgados programas específicos de larga escala voltados exclusivamente para a formação de professores no uso do ChatGPT pela gestão Tarcísio, mas a Seduc-SP tem investido em tecnologia para as escolas, como a distribuição de novos computadores. A discussão sobre o uso de IA na educação inevitavelmente aponta para a importância de preparar os educadores para lidar com essas ferramentas, identificando tanto suas potencialidades quanto suas limitações.
A introdução do ChatGPT e de outras tecnologias de IA na rede estadual de ensino de São Paulo pela gestão Tarcísio de Freitas é um capítulo em pleno desenvolvimento. Enquanto o governo busca modernizar e otimizar processos, a comunidade escolar, especialmente os professores, permanece atenta aos impactos dessa transformação, buscando garantir que a tecnologia sirva para enriquecer a educação, sem comprometer a qualidade do ensino e o papel fundamental do educador.
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